MARATONA DE REVEZAMENTO DE BÚZIOS: PARAÍSO E INFERNO JUNTOS!

Maratona de Revezamento de Búzios

Equipe Filhos do Vento na Maratona de Revezamento de Búzios

No último dia 6 de novembro participei da terceira edição da Maratona Cross Country de Revezamento de Búzios. Uma ótima opção para quem quer aliar corridas e viagens. Fiquei hospedado no hotel Pérola Búzios. Muito bom!

Mas vamos à corrida em si. Participei de um dos quartetos formados pela minha assessoria esportiva, a Filhos do Vento. A princípio seria um quarteto relax, sem grandes pretensões, com dois homens e duas mulheres, mas uma das corredoras desistiu em cima da hora.

Na véspera da prova assistimos à palestra de apresentação do evento. Estávamos com um a menos no quarteto até que me apresentaram o Moura. Minha amiga Monica disse: “Ele vai correr o primeiro trecho pra gente. Ele corre pra caramba”. Aí eu fiquei tranquilo, meu trecho era o segundo, com certeza ele me deixaria numa boa posição.

Comemos aquele jantar de massas bonito, tomei duas taças de vinho e duas cervejinhas, porque ninguém é de ferro, e fomos dormir.

A largada foi às 7h da manhã. Ao deixarmos o Moura na largada, perguntei em quanto tempo ele pretendia fazer os 10,5 km do trecho: “Por volta de 40 minutos”, disse ele. OK! O cara corre pra cacete, porque são 10,5 km com subidas, descidas, trilhas, sinistro!

Pegamos o carro, Eu, Monica e Paco, e fomos para o primeiro ponto de transição. Fiquei logo a postos, mas não esperava que ele fosse me passar a pulseira em quarto lugar! Sou um amador qualquer nota, com pace entre 5 e 5:30 min/km. Saí em disparada pela estrada de terra da Praia Brava pra ver se não fazia tão feio.

Com menos de 1 km tive que começar a subir um morro. Morro mesmo, no meio do mato, não era ladeira não. Subi, subi, subi e depois comecei a descer. A trilha estava tão fechada que achei que estivesse perdido, mas depois de alguns minutos os cavalos, quer dizer, corredores começaram a me ultrapassar.

Como estava no meio da elite da prova, minha diversão passou a ser contar quantas pessoas me ultrapassavam. Foram mais de 60! Foi a única prova da minha vida (participo de provas regularmente há dois anos) em que não consegui passar ninguém. Super motivador!

Depois do morro, comecei a subir umas ladeiras ali na Brava mesmo. Muito bizarro! Meu pace deve ter ido pra 10 min/km. Depois tive que dar um gás porque dois vira-latas resolveram me acompanhar, latindo nos meus calcanhares. Algo parecido com o treinamento dos quenianos correndo de leões.

Aí veio o refresco: entrei em Geribá e comecei a correr pela areia dura, ventinho no rosto, solzinho tranquilo, um espetáculo! E o pessoal me passando! Tava cheio de mulher bonita na prova, mas nenhuma me passou, só macho.

Em seguida rolou um pouco de estrada e entramos na Praia de Tucuns, conhecida como o “Paraíso Gay”. Que fase! Pra encerrar com chave de ouro, os últimos 500 metros foram em areia fofa. Ninguém merece. Terminei o trecho em 1h10, dentro do previsto.

Passei a pulseira pra Monica. O terceiro trecho era o pior disparado, com uma montanha criminosa. Combinamos na véspera que ela faria esse trecho, uma vez que estava machucada e teria que andar mesmo. Não esperávamos que fosse ser tão ruim assim. Ela quase morreu, mas faz parte.

Meu amigo Paco encerrou bonito o revezamento, com direito a entrar no mar e tudo. Ele também subiu um morro na Ferradura criminoso. O importante é que chegou todo mundo com saúde!

Apesar dos percalços e infortúnios, recomendo muito essa prova a todos. O visual é um espetáculo. Nunca vi nada igual. Pra quem não estiver tão em forma, recomendo fazer o primeiro ou o segundo trechos. São mais tranquilos. Pra quem está começando a correr agora, fica em casa! Ou então vai só pra dar um apoio.

Mas o melhor da viagem foi que conheci um monte de gente da equipe que ainda não conhecia e criamos a ala Boêmios da Filhos do Vento. O pessoal que bebe e corre, não necessariamente nessa ordem. Um brinde aos Filhos da Cerva e até domingo na Lagoa!

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